domingo, 13 de novembro de 2011

Livro-reportagem discute crimes cibernéticos

Maldade Virtual relata histórias de vítimas e opinião de especialistas

Acabo de entregar meu Trabalho de Conclusão de Curso de Jornalismo, o TCC. O livro Maldade Virtual — calúnia, difamação, invasão de privacidade, inveja, pedofilia, perseguição e roubo de identidade no mundo do cibercrime —, enfoca os principais delitos cometidos no universo virtual, além de abordar a discussão que já dura desde 1999, sobre a criação de uma legislação específica para tratar os cibercrimes.
Para compor a obra, entrevistei 20 fontes entre vítimas e especialistas como peritos, advogados, delegados e estudiosos em crimes virtuais, além de instituições ligadas ao tema. Fui ao Rio de Janeiro a fim de conhecer a delegacia especializada, pioneira no Brasil, a de Repressão aos Crimes da Informática (DRCI). Também estive em São Paulo, entrevistando vítimas e especialistas.
Os resultados das conversas e pesquisas, distribuídos em 12 capítulos, podem ser conhecidos em Maldade Virtual.

Capa elaborada por Joana Ribeiro
Ficha técnica:
Título do trabalho: Maldade Virtual
Formato: livro-reportagem
Autora: Vivi Ramos
Orientador: Márcio Calafiori

Agora é só aguardar o dia da Banca Examinadora (ainda não divulgada) para conferir a opinião dos professores.

domingo, 23 de outubro de 2011

Minha irmã e o ENEM


Nos dias 22 e 23 de outubro de 2011 aconteceram as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). Esse ano foi a vez da minha irmã mais nova participar do que podemos chamar de maratona escolar: 180 perguntas e mais uma redação. No meu tempo, a prova durava somente um dia, tinha 63 questões e uma redação. Se já saíamos esgotados na era das 63 perguntas, imagina agora que o tormento dura dois dias.
Meu pequeno anjo de 18 anos saiu cedo para o seu primeiro ENEM. Eu já sabia que ela ia retornar com uma série de observações sobre a prova. Na realidade, as observações trazidas foram sobre os bastidores.
...
“Cheguei lá, enfrentei uma fila para entrar na sala. Sentei. Do meu lado, uma mulher estranha se acomoda”, conta minha irmã.
“Vocês podem colocar o lanche, se tiver, em cima da mesa. Cuidado para não derramar líquido na prova...”, orientou o fiscal.
Minha irmã observadora como é, relata:
“Cara, a mulher que estava do meu lado, tirou da sacola: Um Red Bull, uma coca-cola, uma garrafa de água mineral, uma bolacha recheada, dois pacotinhos de Trindents, duas barras de cereal, duas barras de chocolate, três balinhas, um pirulito e um saquinho de jujuba. Logo pensei: Essa daí pretende ficar até o fim!”
Envergonhada, minha irmã retirou apenas uma bolacha que nem ousou abrir.
O fiscal distribuiu sacolas padronizadas para que os alunos colocassem os lápis, borrachas e outros objetos. Inutilmente, minha irmã tentou enfiar a bolsa inteira na pequena sacola que quase rasgou. Teve que encarar o olhar reprovador do fiscal.
“Hum, tenho que trazer essa mesma sacolinha amanhã?”, perguntou.
No meu tempo não havia teste de grafia. Desta vez, há. O MEC (Ministério da Educação) adotou um meio para comprovar a identidade dos usuários. O aluno devia repetir no cartão de respostas em letra cursiva, uma determinada frase. A frase da minha irmã, cujo caderno era amarelo, era: “Há um frio e um vácuo no ar”. Ela perdeu um tempão pensando: Será que todas as outras provas têm uma frase boba feito essa? E essa mistura de maiúscula e minúscula. Vou levar a tarde toda só pra reproduzir isso sem erros.
Metade da prova e vem aquela vontade enorme de ir ao banheiro. E agora? O jeito foi aceitar a companhia do fiscal até lá.
“Foi constrangedor. Parecia que todo mundo sabia que eu ia fazer xixi! Pior, pensei que ele ia entrar no banheiro comigo...”, conta meu anjo.
Ao voltar para a sala, o cansaço já batia. Tinha lido 50 perguntas, agora era partir para o “mamãe mandou eu escolher esse daqui”... Depois disso, ainda ia encarar a pintura das bolinhas:
“Quase fiquei cega! Sai vendo um monte de pintinhas...”, diz
Eis que surge mais um problema: uma coceira na perna. Estava de vestido e na primeira tentativa de coçar, o fiscal olhou desconfiado. Métodos utilizados para afastar a coceira: tentar o cotovelo; a caneta ou ainda encostar uma perna na outra. Nada dava certo. E nem o fiscal desviava o olho.
“Agora lascou! Ele vai achar que eu quero colar. Mas também só um idiota para querer colar numa prova dessas. É possível colocar conhecimento adquirido nesses anos todos de estudo nas pernas?! Ou está na cabeça ou vai no ‘Joãozinho é um bom aviador/ quando falta gasolina, ele mija no tambor/ Ana bela, Ana bela, quem saiu foi ela...”
Para acompanhar o problema da coceira, o silêncio da sala era interrompido pelos barulhos de gente mascando chiclete, páginas virando, pacote de bolachas ou chocolates sendo abertos... a concentração era o tempo todo interrompida.
Estava calma, até que começou a sair os primeiros alunos da sala. “Agora é pintar bolinhas na velocidade da luz, nem vai dar tempo de cantar musiquinha.”
Deixou a escola com a seguinte conclusão:
“Eu sou a melhor da melhor do mundo em pintar bolinhas do ENEM mais rápido.”


sábado, 30 de julho de 2011

Apagando velinhas

O mês de julho poderia ser chamado de "mês de apagar velinhas" pelo menos para mim. Em julho comemoro meu aniversário, aniversário do meu pai e de duas grandes amigas: Cilene e Priscila.
Quando eu era criança tinha poucos amigos. Andava pelas ruas da terrinha perdida nos próprios pensamentos. A menina de cachinhos ao vento gostava de ser sozinha.
Cresceu.
Pouco a pouco, foram se aproximando pessoas que mudavam o instante em que chegavam. Não o instante em que chegavam perto de mim, mas quando estavam presentes DENTRO de mim. Em meu coração. Pude descobrir o verdadeiro significado de SER amigo. A menina de cachinhos ao vento não quer mais ser sozinha.
Mencionar todos os queridos amigos aqui seria uma tarefa difícil. São muitos que eu tenho a convicção de que realmente são meus VERDADEIROS amigos. Pessoas que dividem os momentos de intensa alegria e que não esperam o chamado para socorrer nas horas de dor.
"Amigos são como anjos. Presentes em nossa longa jornada. Suas asas são o apoio nos momentos de queda. O sorriso, é o amparo e a força para continuar"
Sou grata a Deus, por ter me presenteado com lindos ANJOS.



domingo, 24 de julho de 2011

Sonhos e um piano

Mais de 120 minutos de espera. Estática em frente as catracas do Metrô Santana, em São Paulo. Lá estava eu, na manhã de hoje, esperando uma pessoa que me daria entrevista para o meu livro, projeto de TCC. Os pensamentos vagavam entre os objetivos, metas e receios quanto ao meu projeto, mas também entre muitos sonhos, alguns distantes e outros tão próximos. Sutilmente meus pensamentos foram embalados por uma melodia. Depois d as catracas, bem no canto, quase que invisível, ele se concentra. Os dedos deslizam pelas teclas do piano. É o som dos sonhos. O que ele tocava no piano, não era o mais importante para mim que por vezes nem conhecia a letra da música. Era o ato simples de embalar os passos dos desconhecidos que me encantava. Poucas pessoas paravam para apreciar o jovem músico, talvez movidos pela pressa, cansaço ou distração. Muitas pessoas transitam naquele espaço todos os dias, a todo momento. Quem são essas pessoas? Quais os seus sonhos? Suas preocupações? Quem é o jovem músico? Com o que ele sonha?
Não sei.
Fiquei ali, não mais parada. Minha alma ia onde os meus sonhos, embalados pelo som, chegavam. Lembrei com saudades das pessoas queridas que não tenho por perto todos os dias. Dos amigos que dividem  o peso das dificuldades; dos momentos inesquecíveis e tantas e tantas coisas que não consigo enumerar.
As sensações provocadas pelo som, certamente não vão ser esquecidas. Uma pausa para o descanso do jovem músico e a pessoa que esperava chega. Sigo rumo as meus objetivos do dia, embalada ainda pelo som do piano em minha mente.
....
Abaixo um trechinho da presença do jovem músico no Metrô Santana, SP

domingo, 10 de julho de 2011

Amor único, fiel e eterno

Quando se escolhem, a união é para sempre. Juntos lutam contra o tempo para estarem unidos. Mesmo que a morte leve um deles, o outro permanece fiel. Você conhece essa história?

Pois bem: esse é o Amor de Pinguim. Único, fiel e eterno. Eles costumam cumprir uma longa jornada a pé, enfrentando os obstáculos do caminho: animais, temperaturas baixas e ventos intensos. A finalidade é encontrar o amor verdadeiro.
Quando um pinguim encontra a sua parceira, logo se apressa em fazer o ninho. Mas esse pequeno recanto do amor é feito com pedrinhas e ele só consegue carregar uma de cada vez. Com afinco trabalha vinte e quatro horas, sem parar um minuto para ter o ninho perfeito para namorar. Quando o casal encontra um lugar com muitas pedras ai vem o desespero. A parceira também quer ajudar a carregar as pedrinhas. Cada um leva o que pode: uma pedrinha de cada vez. Com todo esse trabalho, o ninho pode ficar sem proteção, portanto, exposto a roubo. Mas eles precisam correr o risco para tê-lo pronto rapidamente. A união é para sempre.
(...)
Certa vez, eles se encontraram. Olhares traduziam o que logo começara dentro de cada um. Era uma sensação estranha. Os pés pareciam não responder as instruções da mente. Aliás, cadê a mente quando só o coração coordena as atitudes? Pareciam dois pinguins bobinhos: uma adolescente sonhadora e um tímido pinguim recém chegado a maioridade.
E agora? O que é mesmo que a gente faz quando o coração começa a bater rapidamente e só o mesmo nome, o mesmo rosto e a mesma voz passeiam pelos pensamentos? Como é mesmo o nome disso?
Claro que toda boa história, todo romance, precisa passar pelos obstáculos impostos. E lá estão claramente as dificuldades para os pinguinzinhos: distância e tempo.
Cada um morava em pólos diferentes. Ahhhh! Mas e o pombo? É, pombo-correio entrega cartas! Muitas delas foram enviadas para um pólo e para outro. Por mais de um ano, o pombo-correio teve papel fundamental na romance dos pinguinzinhos. É fato que um deles tinha um pouco de preguiça pra escrever, mas às vezes vencia a barreira e a pinguinzinha podia receber radiante a visita do pombo-correio.
O tempo passa, a saudade aumenta e as dificuldades também. Teria o pombo perdido o caminho? Teria se aposentado? Fato que as cartas não chegavam mais.
De repente, o pinguim, isolado na timidez, decide deixar o seu pólo e se aproximar do pólo oposto. Não foi uma boa ideia. Nem sempre está perto é realmente está perto. Por vezes, perto é longe demais. A pinguim adolescente retornou ao pólo oposto, mesmo sabendo que não encontraria seu companheiro lá. E quase encontrou. Ele chegou no dia em que ela saiu. Como diz o poeta “a vida é a arte de encontros ainda que haja desencontros ao longo da vida”. Fisicamente separados. Intimamente unidos.
E não é que eles descobriram uma nova tecnologia: O telefone!
Por mais de um ano, a comunicação se dividia entre a mais nova tecnologia descoberta e os trabalhos do pombo-correio novamente. Até que veio o peso da distância e do tempo outra vez. O romance estava acabando. Mas pinguim descansado é pinguim de férias. Eis que a não mais adolescente pinguim foi de novo para o pólo oposto. Dessa vez, sabia que o romance já havia morrido. Ainda que encontrasse o antigo companheiro, não daria para viverem para sempre atormentados pela ausência um do outro.
Que nada! Os olhares se encontraram. Uma sensação estranha. Os pés pareciam não responder as instruções da mente... Ali estava a imagem de um pinguim refletida no outro. É amor. Somente amor. Aquele sentimento que não se curva a pressão do tempo nem da distância, porque seu objetivo maior é unir uma parte a outra e logo formar o verdadeiro todo.
E não é que a mais revolucionária das invenções tecnológicas veio dá a sua contribuição ao romance: A internet! Agora os pinguinzinhos podiam namorar conectados. Nem por isso abandonaram os trabalhos do pombo-correio e a praticidade do telefone. Mais um ano separaram fisicamente os enamorados. O tímido pinguim deixou novamente o seu pólo de origem. A pinguim se apavorou com a lembrança da primeira viagem do amado. Ah! Mas dessa vez seria diferente!
Realmente foi diferente. Foi pior. Definitivamente o desgaste proporcionado pelo tempo e pela distância veio separar o casal. Restaram os pedaços do coração para serem juntados e inutilmente colados.  Cada pinguim vivendo em seu universo gelado. Ainda que o sol tentasse derreter a neve, o gelo se formava rapidamente alimentado pela tristeza e decepção. Acabou! Não era um verdadeiro amor de pinguim: único, fiel e eterno.
Dizem que a distância e o tempo servem para sufocar os pequenos amores e enaltecerem os grandes. Um ano depois, quando todas as esperanças já haviam sido assassinadas pela dor, os olhares se reencontraram. Aquela sensação de novo. Cadê o chão??? Quem era dono daquela imagem refletida? O tímido pinguim ou a antiga adolescente?
Tempo, distância, maldades... nada, absolutamente nada sufoca o verdadeiro amor. Aquele amor feito por Deus e por Ele criado para ser único, fiel e eterno.
Quase oito anos depois, o pinguim, agora não tão tímido, constrói apressadamente o ninho. A namorada ajuda ansiosamente, carregando uma pedrinha de cada vez.
Conhece essa história??? Ahhhhhh! É o mais lindo romance já escrito por mim. É aminha história de amor. E Você? Também vive um amor de pinguim???

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Instinto assassino



“Acho que é o fim da picada tirar a vida de alguém desse jeito...” diz Perry Smith ao ser condenado à forca após assassinar quatro pessoas da mesma família. O enredo é do livro “A Sangue Frio” de Truman Capote. Nele, o autor relata o brutal assassinato da família Clutter, desvenda os pensamentos dos assassinos e o desfecho nas mãos do carrasco.
Cheguei as últimas páginas da obra no dia 7 de abril, data do massacre na Escola Tasso da Silveira, no Rio de Janeiro. Difícil não comparar a brutalidade dos acontecimentos. Um jovem invade uma escola, atira contra crianças e comete suicídio. Resultado: 13 mortos, 20 feridos e uma sociedade sem resposta. O que faz alguém cometer algo assim?
Dois jovens planejam um assalto grandioso, sem deixar rastro de testemunhas. Invadem uma casa, amordaçam uma família de quatro membros, descarregam a espingarda nas cabeças das vítimas e levam pouco mais que 40 dólares... Seria tudo isso obra de mentes perturbadas?
A obra de Truman Capote e o massacre na Escola Tasso da Silveira me remetem ao livro “Mentes Perigosas – o Psicopata mora ao lado” de Ana Beatriz Barbosa Silva, autora também de “Bullying – Mentes perigosas nas escolas”. Ana Beatriz é médica graduada pela UFRJ com pós-graduação em psiquiatria.
Em “Mentes Perigosas”, ela descreve o comportamento “normal” de um psicopata. Frios, manipuladores e cruéis. Capazes de cometer qualquer coisa sem culpa ou remorso. Entretanto, nem todo psicopata, de acordo com a médica, chega a cometer um assassinato. São pessoas desprovidas de consciência, que enxergam no outro apenas uma fonte para satisfazer seus caprichos.
Já em “A Sangue Frio” algo me prende nas palavras do psiquiatra que analisa a mente de Perry. “Ao atacar o Sr. Clutter, Smith estava em ‘eclipse mental’, dentro de uma profunda escuridão esquizofrênica, pois não era um homem de carne e osso que ‘se descobrira subitamente destruindo’, mas uma ‘figura-chave em alguma configuração dramática em seu passado’”. (pág 361). Perry admite que não queria fazer mal aquela família. “Não foi nada que os Clutter tivessem feito. Nunca me fizeram nada. Como os outros fizeram (...) Vai ver os Clutter é que tinham de pagar por tudo”. (pág 361)
Fico imaginando os motivos que levaram o jovem Wellington Menezes de Oliveira a sacrificar crianças. Acho que é esta é a pergunta feita por todos. Terá ele, assim como Perry, vivido uma vida de conflitos que causou a alteração na construção do ego? “Assassinato sem motivo aparente” como classificou o psiquiatra em “A Sangue frio”. Ou ainda como descreve Ana Beatriz: “Psicopatas são pessoas ruins, nasceram assim e vão morrer assim”. De repente me pego pensando: Teria Deus criado obra tão imperfeita? Capaz de arrancar vidas? Ou seria talvez, as tais ervas daninhas que precisam crescer junto à boa semente, para só no final serem separadas e queimadas?
Não podemos justificar as atitudes do autor de um crime tão bárbaro. Ele teve uma vida difícil, uma mente transtornada. E daí? O que meu filho, meu conhecido ou meu parente tem haver com isso? Por que inocentes precisam ser sacrificados? Por outro lado, é fácil julgar as atitudes do outro. Quando não conhecemos a guerra travada em seu interior.
O fato é que a explicação para acontecimentos como esses estão muito além do que o conhecimento da mente nos permite observar. Muitas hipóteses são levantadas. Mas a resposta não vem. Ainda não somos capazes de compreender as atitudes, capacidades e limitações do ser humano. Não temos total conhecimento da personalidade do outro nem dispomos de mecanismos para alcançar a consciência do outro. Às vezes, nem mesmo dominamos a nossa própria consciência.
O que sobra em mim da trágica quinta-feira de Realengo ou ainda dá impressão que a obra de Capote me traz é a sensação de complexidade. Tantas hipóteses, tantas respostas. Nenhuma capaz de responder: O que faz alguém cometer algo assim?

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Meu coração batendo lá

No último dia 14, minha vó chegou ao 83º aniversário. Uma data muito especial para mim e para todos da nossa família. Resolvi fazer uma homenagem a ela. A saudade ficou estampada nas lágrimas que molharam o texto e a voz embargada ilustrou as imagens.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Passeio pelas ruas de Logradouro



Produzir esse vídeo foi um ato inconsciente e "desesperado" de recortar um detalhe do lugar tão querido por mim e por muitos amigos meus. O desejo era de levar um pouquinho daquela gente, daquela terra.
Para alguns, Logradouro (PB) não representa nada. Para mim e para outros tantos representa risos, olhares, lembranças, saudades.
Nessas terras nasci, cresci e vivi momentos inesquecíveis. Nessa terra tenho corações que batem junto ao meu, apesar da distância. Olhares que dos portões singelos, aguardam ansiosamente a minha chegada, o meu sorriso e o meu abraço.
Logradouro, minha terra, minha raiz. E como já disse o educador e também deputado federal Gabriel Chalita, "Árvore que nega raiz, apodrece".

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011